5 de novembro de 2024 . Blog
Pastilhas para dor de garganta é seguro?
As dores de garganta são queixas comuns em consultórios otorrinolaringológicos. Em geral, essas dores são causadas por infecções virais ou bacterianas, associadas a gripes e resfriados, e acometem estruturas como a faringe e as amígdalas. Além do desconforto, esses quadros frequentemente apresentam sintomas como dificuldade para engolir, rouquidão e tosse. Com o intuito de obter alívio rápido, muitas pessoas recorrem ao uso de
Para responder a essas e outras questões sobre o uso de pastilhas para dor de garganta, convidamos o otorrino particular Fausto Nakandakari, que esclarece sobre o uso desses medicamentos.
Pergunta 1: Dr. Fausto, muitas pessoas recorrem a pastilhas e sprays ao sentir dor de garganta. Esses medicamentos realmente ajudam?
As pastilhas e sprays podem, de fato, proporcionar alívio temporário dos sintomas. Esses produtos costumam conter agentes anestésicos e anti-inflamatórios locais que ajudam a reduzir a sensação de dor e incômodo na garganta. Eles agem diretamente na mucosa da garganta, proporcionando uma sensação de frescor e, em alguns casos, de dormência, o que ajuda a aliviar a dor. Contudo, é importante entender que esse alívio é apenas temporário e não trata a causa da dor de garganta, especialmente se ela for resultado de uma infecção viral ou bacteriana.
Pergunta 2: O uso frequente de pastilhas e sprays para dor de garganta pode trazer riscos?
Com certeza. O uso contínuo ou indiscriminado desses medicamentos pode mascarar sintomas de uma condição mais grave. Quando uma dor de garganta persiste por mais de uma semana, é essencial procurar orientação médica, pois pode ser sinal de doenças que exigem tratamento específico, como infecções bacterianas que requerem antibióticos ou, em casos mais raros, condições como sífilis, HIV e até alguns tipos de tumores. Além disso, o uso excessivo de sprays e pastilhas pode causar dependência em alguns casos, já que a pessoa passa a usá-los sempre que sente o menor incômodo, sem resolver a causa subjacente.
Pergunta 3: Há recomendações específicas para quem deseja usar esses produtos com segurança?
Sim, há alguns cuidados básicos que podem ajudar a evitar complicações. Em primeiro lugar, é muito importante ler a bula antes do uso. Cada medicamento tem uma composição diferente e conhecer os ingredientes ativos e as contraindicações é fundamental para um uso seguro. Em segundo lugar, é essencial evitar o uso frequente e excessivo. Para casos de dor aguda, um uso moderado por três a cinco dias pode ser aceitável, mas não mais que isso sem supervisão médica. Aquelas pessoas que têm alergias, especialmente a anestésicos locais ou a corantes presentes nas pastilhas, devem sempre consultar um médico antes de iniciar o uso. E, claro, manter o corpo hidratado é essencial para a recuperação da garganta, pois a hidratação auxilia o sistema imunológico a combater infecções.
Pergunta 4: Quais são os sinais de alerta que indicam que a dor de garganta requer uma avaliação médica urgente?
Além de dores que persistem por mais de uma semana, há alguns sintomas que são considerados sinais de alerta e exigem uma investigação mais aprofundada. Se a dor de garganta vier acompanhada de febre alta, dificuldade respiratória, dor ao engolir que piora progressivamente, manchas ou placas esbranquiçadas na garganta, ou se houver inchaço nos gânglios do pescoço, é fundamental procurar ajuda médica. Em algumas situações, esses sintomas podem indicar uma infecção mais severa, como uma amigdalite bacteriana, que demanda tratamento com antibióticos, ou mesmo condições que afetam o sistema imunológico.
Pergunta 5: Dr. Fausto, o senhor mencionou que alguns componentes das pastilhas atuam como anestésicos. Pode nos explicar mais sobre o que são esses componentes e como eles funcionam?
Muitas pastilhas contêm substâncias como benzocaína ou lidocaína, que são anestésicos tópicos. Elas agem temporariamente “adormecendo” a área onde são aplicadas, o que diminui a sensibilidade e, consequentemente, a dor. Já os anti-inflamatórios presentes em algumas formulações, como o diclofenaco ou ibuprofeno, ajudam a reduzir o inchaço e a inflamação local, tornando a deglutição mais confortável. No entanto, é bom lembrar que nem todos podem utilizar essas substâncias sem orientação. Pessoas alérgicas a anestésicos locais ou com histórico de reações a anti-inflamatórios devem evitar seu uso, pois podem ter efeitos colaterais significativos, como reações alérgicas ou problemas estomacais.
Pergunta 6: Dr. Fausto, e o que o senhor recomenda para quem quer aliviar a dor de garganta de forma segura e sem medicação?
A hidratação é o principal aliado. Beber bastante água ajuda a manter a garganta úmida e auxilia na remoção de agentes irritantes. Gargarejar com água morna e sal também é uma prática simples e eficaz para aliviar o desconforto. A umidificação do ambiente, especialmente em épocas de clima seco, é outra medida que pode ajudar. Evitar álcool e tabaco é essencial, pois esses são irritantes para a garganta e pioram qualquer quadro inflamatório. Se o desconforto persistir, o melhor é buscar ajuda do otorrinolaringologista para avaliar as causas e definir o tratamento mais adequado.
A entrevista com o Dr. Fausto Nakandakari revela que, embora as pastilhas e sprays para dor de garganta possam proporcionar alívio, seu uso deve ser feito de forma consciente e temporária. Esses medicamentos, quando usados em excesso ou sem orientação, podem mascarar sintomas de doenças mais graves e, em alguns casos, provocar efeitos adversos significativos. A leitura da bula, a atenção às contraindicações e a moderação são essenciais para evitar riscos. Em caso de persistência dos sintomas, a consulta com um especialista é sempre recomendada, garantindo um diagnóstico adequado e o cuidado necessário para a saúde das vias aéreas superiores.
pastilhas para dor de garganta
, que prometem reduzir a dor. Mas até que ponto essas opções são seguras?Para responder a essas e outras questões sobre o uso de pastilhas para dor de garganta, convidamos o otorrino particular Fausto Nakandakari, que esclarece sobre o uso desses medicamentos.
Pergunta 1: Dr. Fausto, muitas pessoas recorrem a pastilhas e sprays ao sentir dor de garganta. Esses medicamentos realmente ajudam?
As pastilhas e sprays podem, de fato, proporcionar alívio temporário dos sintomas. Esses produtos costumam conter agentes anestésicos e anti-inflamatórios locais que ajudam a reduzir a sensação de dor e incômodo na garganta. Eles agem diretamente na mucosa da garganta, proporcionando uma sensação de frescor e, em alguns casos, de dormência, o que ajuda a aliviar a dor. Contudo, é importante entender que esse alívio é apenas temporário e não trata a causa da dor de garganta, especialmente se ela for resultado de uma infecção viral ou bacteriana.
Pergunta 2: O uso frequente de pastilhas e sprays para dor de garganta pode trazer riscos?
Com certeza. O uso contínuo ou indiscriminado desses medicamentos pode mascarar sintomas de uma condição mais grave. Quando uma dor de garganta persiste por mais de uma semana, é essencial procurar orientação médica, pois pode ser sinal de doenças que exigem tratamento específico, como infecções bacterianas que requerem antibióticos ou, em casos mais raros, condições como sífilis, HIV e até alguns tipos de tumores. Além disso, o uso excessivo de sprays e pastilhas pode causar dependência em alguns casos, já que a pessoa passa a usá-los sempre que sente o menor incômodo, sem resolver a causa subjacente.
Pergunta 3: Há recomendações específicas para quem deseja usar esses produtos com segurança?
Sim, há alguns cuidados básicos que podem ajudar a evitar complicações. Em primeiro lugar, é muito importante ler a bula antes do uso. Cada medicamento tem uma composição diferente e conhecer os ingredientes ativos e as contraindicações é fundamental para um uso seguro. Em segundo lugar, é essencial evitar o uso frequente e excessivo. Para casos de dor aguda, um uso moderado por três a cinco dias pode ser aceitável, mas não mais que isso sem supervisão médica. Aquelas pessoas que têm alergias, especialmente a anestésicos locais ou a corantes presentes nas pastilhas, devem sempre consultar um médico antes de iniciar o uso. E, claro, manter o corpo hidratado é essencial para a recuperação da garganta, pois a hidratação auxilia o sistema imunológico a combater infecções.
Pergunta 4: Quais são os sinais de alerta que indicam que a dor de garganta requer uma avaliação médica urgente?
Além de dores que persistem por mais de uma semana, há alguns sintomas que são considerados sinais de alerta e exigem uma investigação mais aprofundada. Se a dor de garganta vier acompanhada de febre alta, dificuldade respiratória, dor ao engolir que piora progressivamente, manchas ou placas esbranquiçadas na garganta, ou se houver inchaço nos gânglios do pescoço, é fundamental procurar ajuda médica. Em algumas situações, esses sintomas podem indicar uma infecção mais severa, como uma amigdalite bacteriana, que demanda tratamento com antibióticos, ou mesmo condições que afetam o sistema imunológico.
Pergunta 5: Dr. Fausto, o senhor mencionou que alguns componentes das pastilhas atuam como anestésicos. Pode nos explicar mais sobre o que são esses componentes e como eles funcionam?
Muitas pastilhas contêm substâncias como benzocaína ou lidocaína, que são anestésicos tópicos. Elas agem temporariamente “adormecendo” a área onde são aplicadas, o que diminui a sensibilidade e, consequentemente, a dor. Já os anti-inflamatórios presentes em algumas formulações, como o diclofenaco ou ibuprofeno, ajudam a reduzir o inchaço e a inflamação local, tornando a deglutição mais confortável. No entanto, é bom lembrar que nem todos podem utilizar essas substâncias sem orientação. Pessoas alérgicas a anestésicos locais ou com histórico de reações a anti-inflamatórios devem evitar seu uso, pois podem ter efeitos colaterais significativos, como reações alérgicas ou problemas estomacais.
Pergunta 6: Dr. Fausto, e o que o senhor recomenda para quem quer aliviar a dor de garganta de forma segura e sem medicação?
A hidratação é o principal aliado. Beber bastante água ajuda a manter a garganta úmida e auxilia na remoção de agentes irritantes. Gargarejar com água morna e sal também é uma prática simples e eficaz para aliviar o desconforto. A umidificação do ambiente, especialmente em épocas de clima seco, é outra medida que pode ajudar. Evitar álcool e tabaco é essencial, pois esses são irritantes para a garganta e pioram qualquer quadro inflamatório. Se o desconforto persistir, o melhor é buscar ajuda do otorrinolaringologista para avaliar as causas e definir o tratamento mais adequado.
A entrevista com o Dr. Fausto Nakandakari revela que, embora as pastilhas e sprays para dor de garganta possam proporcionar alívio, seu uso deve ser feito de forma consciente e temporária. Esses medicamentos, quando usados em excesso ou sem orientação, podem mascarar sintomas de doenças mais graves e, em alguns casos, provocar efeitos adversos significativos. A leitura da bula, a atenção às contraindicações e a moderação são essenciais para evitar riscos. Em caso de persistência dos sintomas, a consulta com um especialista é sempre recomendada, garantindo um diagnóstico adequado e o cuidado necessário para a saúde das vias aéreas superiores.