21 de outubro de 2024 . Blog
Otosclerose: doença evolutiva que afeta o ouvido
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A perda auditiva associada à otosclerose é do tipo condutiva, ou seja, ocorre devido à dificuldade no mecanismo de condução sonora. No entanto, em estágios mais avançados, a doença também pode afetar a cóclea, levando a uma perda auditiva do tipo sensorioneural, que é irreversível.
Em entrevista, o otorrino particular Dr. Fausto Nakandakari explicou com mais detalhes o que acontece nos casos de otosclerose: “A doença começa de forma insidiosa, com a pessoa percebendo uma leve dificuldade para ouvir, principalmente sons mais agudos. Com o passar do tempo, o crescimento ósseo em torno do estribo se acentua, e a perda auditiva se torna mais significativa. Quando o problema não é tratado, a audição pode ser comprometida de forma irreversível.”
Os primeiros sinais da doença geralmente surgem entre os 20 e 40 anos de idade, e um fator de risco que muitas pessoas não conhecem é a gravidez. “A gravidez pode acelerar a progressão da otosclerose. Durante a gestação, ocorrem mudanças hormonais e de fluxo sanguíneo que podem agravar o crescimento ósseo anormal no ouvido”, explicou o especialista.
Este é, inclusive, o motivo pelo qual Adriane Galisteu relatou ter recebido orientações médicas para não engravidar novamente, pois, além de enfrentar os riscos naturais da condição, uma nova gestação poderia comprometer ainda mais sua audição.
O diagnóstico da otosclerose é feito principalmente através de exames auditivos, como a audiometria, que avalia o grau de perda auditiva. Além disso, a tomografia computadorizada pode ser utilizada para identificar o crescimento ósseo anormal ao redor do estribo. A avaliação precoce é crucial para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Outra possibilidade é o uso de aparelhos auditivos. Estes dispositivos amplificam o som e podem ser suficientes para compensar a perda auditiva em muitos pacientes. No entanto, quando a perda de audição atinge um nível severo ou profundo, a cirurgia pode ser necessária.
A cirurgia mais comum para a otosclerose é a estapedectomia, que consiste na substituição do estribo por uma prótese. “É uma cirurgia delicada, mas com um índice de sucesso elevado. A grande maioria dos pacientes tem uma recuperação significativa da audição após o procedimento”, aponta o especialista.
Em casos extremos, onde a otosclerose já tenha comprometido também a orelha interna, a solução pode ser o implante coclear, uma intervenção mais complexa que envolve a colocação de um dispositivo eletrônico para estimular o nervo auditivo.
O caso de Adriane Galisteu é emblemático, pois traz à tona uma condição que afeta muitas pessoas, mas que ainda é pouco conhecida. Estima-se que a otosclerose afete cerca de 1% da população mundial, sendo mais comum em mulheres do que em homens. Segundo o otorrino, “as mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolver a doença, e os hormônios femininos parecem desempenhar um papel importante na aceleração do quadro clínico.”
A história de Adriane Galisteu e o esclarecimento de especialistas como o Dr. Fausto Nakandakari mostram que, apesar dos desafios, a otosclerose pode ser enfrentada de forma eficaz com o acompanhamento médico adequado.
otosclerose
é uma doença evolutiva que afeta o ouvido, mais especificamente os ossículos da audição, com maior destaque para o estribo, um dos três pequenos ossos localizados na orelha média. Esse problema, embora pouco conhecido pelo grande público, pode levar à perda auditiva progressiva e, em alguns casos, à surdez. Recentemente, a apresentadora Adriane Galisteu revelou ser portadora dessa condição, o que trouxe maior visibilidade ao tema e despertou a curiosidade sobre seus impactos e possibilidades de tratamento.O que é a otosclerose?
A otosclerose é uma doença óssea que se caracteriza pelo crescimento anormal de osso ao redor do estribo. Este pequeno osso desempenha um papel essencial na transmissão do som para a cóclea, situada na orelha interna. Quando o estribo não consegue vibrar adequadamente devido ao crescimento excessivo de osso, a transmissão de som é prejudicada, resultando em perda auditiva.
A perda auditiva associada à otosclerose é do tipo condutiva, ou seja, ocorre devido à dificuldade no mecanismo de condução sonora. No entanto, em estágios mais avançados, a doença também pode afetar a cóclea, levando a uma perda auditiva do tipo sensorioneural, que é irreversível.
Em entrevista, o otorrino particular Dr. Fausto Nakandakari explicou com mais detalhes o que acontece nos casos de otosclerose: “A doença começa de forma insidiosa, com a pessoa percebendo uma leve dificuldade para ouvir, principalmente sons mais agudos. Com o passar do tempo, o crescimento ósseo em torno do estribo se acentua, e a perda auditiva se torna mais significativa. Quando o problema não é tratado, a audição pode ser comprometida de forma irreversível.”
Fatores de risco e diagnóstico
A otosclerose é uma condição genética, e os estudos mostram que cerca de 50% dos casos são hereditários. “Se uma pessoa tem um dos pais com otosclerose, há 25% de chances de ela desenvolver a doença, e essa probabilidade sobe para 50% se ambos os pais forem afetados”, acrescenta o otorrinolaringologista.
Os primeiros sinais da doença geralmente surgem entre os 20 e 40 anos de idade, e um fator de risco que muitas pessoas não conhecem é a gravidez. “A gravidez pode acelerar a progressão da otosclerose. Durante a gestação, ocorrem mudanças hormonais e de fluxo sanguíneo que podem agravar o crescimento ósseo anormal no ouvido”, explicou o especialista.
Este é, inclusive, o motivo pelo qual Adriane Galisteu relatou ter recebido orientações médicas para não engravidar novamente, pois, além de enfrentar os riscos naturais da condição, uma nova gestação poderia comprometer ainda mais sua audição.
O diagnóstico da otosclerose é feito principalmente através de exames auditivos, como a audiometria, que avalia o grau de perda auditiva. Além disso, a tomografia computadorizada pode ser utilizada para identificar o crescimento ósseo anormal ao redor do estribo. A avaliação precoce é crucial para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Tratamentos disponíveis
Atualmente, existem diversas opções de tratamento para a otosclerose. O tratamento mais indicado varia de acordo com o estágio da doença e o perfil do paciente. Nas fases iniciais, o uso de medicamentos que inibem o crescimento ósseo pode ajudar a retardar a progressão da doença. “Embora não revertam o quadro, os medicamentos têm se mostrado eficazes em desacelerar a evolução da doença em alguns casos”, esclarece Nakandakari.
Outra possibilidade é o uso de aparelhos auditivos. Estes dispositivos amplificam o som e podem ser suficientes para compensar a perda auditiva em muitos pacientes. No entanto, quando a perda de audição atinge um nível severo ou profundo, a cirurgia pode ser necessária.
A cirurgia mais comum para a otosclerose é a estapedectomia, que consiste na substituição do estribo por uma prótese. “É uma cirurgia delicada, mas com um índice de sucesso elevado. A grande maioria dos pacientes tem uma recuperação significativa da audição após o procedimento”, aponta o especialista.
Em casos extremos, onde a otosclerose já tenha comprometido também a orelha interna, a solução pode ser o implante coclear, uma intervenção mais complexa que envolve a colocação de um dispositivo eletrônico para estimular o nervo auditivo.
O impacto na vida dos pacientes
Adriane Galisteu, que compartilhou publicamente seu diagnóstico de otosclerose, revelou que a doença impactou sua vida de várias formas. “A perda auditiva é progressiva, e ela foi alertada sobre a possibilidade de uma surdez total caso não se cuide”, comenta Fausto Nakandakari.
O caso de Adriane Galisteu é emblemático, pois traz à tona uma condição que afeta muitas pessoas, mas que ainda é pouco conhecida. Estima-se que a otosclerose afete cerca de 1% da população mundial, sendo mais comum em mulheres do que em homens. Segundo o otorrino, “as mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolver a doença, e os hormônios femininos parecem desempenhar um papel importante na aceleração do quadro clínico.”
A história de Adriane Galisteu e o esclarecimento de especialistas como o Dr. Fausto Nakandakari mostram que, apesar dos desafios, a otosclerose pode ser enfrentada de forma eficaz com o acompanhamento médico adequado.